Escalar montanhas não é fácil. Escalar as “grandes” montanhas é mais difícil ainda. A medida em que o alpinista sobe, cada vez há menos oxigênio disponível, os músculos são solicitados a trabalhar durante horas e horas ininterruptas e a ingestão dos carboidratos necessários nunca é suficiente.
É o comum o gasto de 1500 calorias por hora (uma pessoa “normal” necessita de cerca de 2500 calorias por dia), ou seja o desgaste físico é descomunal. Escalar uma montanha de 7000 metros de altura é equiparável a correr 3 ou 4 maratonas seguidas. Perde-se cerca de 4 a 6kg em um único “ataque ao cume” em cerca de 15 a 20 horas de atividade física.
Eu sou um alpinista. E para os que possam estar surpresos, declaro-me: sou um alpinista vegetariano!
Escrevo este texto para tentar desmitificar uma grande falácia que permeia o imaginário popular e também de muitos profissionais da saúde: A de que o vegetariano possui carência de proteínas, que é propenso a “anemias” ou do estereótipo do vegetariano raquítico.
É o comum o gasto de 1500 calorias por hora (uma pessoa “normal” necessita de cerca de 2500 calorias por dia), ou seja o desgaste físico é descomunal. Escalar uma montanha de 7000 metros de altura é equiparável a correr 3 ou 4 maratonas seguidas. Perde-se cerca de 4 a 6kg em um único “ataque ao cume” em cerca de 15 a 20 horas de atividade física.
Eu sou um alpinista. E para os que possam estar surpresos, declaro-me: sou um alpinista vegetariano!
Escrevo este texto para tentar desmitificar uma grande falácia que permeia o imaginário popular e também de muitos profissionais da saúde: A de que o vegetariano possui carência de proteínas, que é propenso a “anemias” ou do estereótipo do vegetariano raquítico.
Sou ovo-lacto-vegetariano e estou em plena forma física e meus exames médicos apenas indicam saúde e vigor. E escalo de forma intensa montanhas de mais de 5000m durante várias semanas ao ano. E não sou raquítico nem possuo carências alimentares.
Podem contra-argumentar que tenho um aporte protéico através de ovos ou laticínios, entretanto, mesmo estes ingredientes de origem animal estão presentes à minha mesa de forma esporádica e comedida.
Em meus cursos de escalada de “alta montanha” meus alunos são convidados a conhecerem uma dieta vegetariana, rica em variedade e sabor e deixo de forma bem explícita que não cozinharemos nem teremos
qualquer tipo de carne em nosso cardápio de montanha.
Passada algumas resistências iniciais, fico feliz em ouvir frases do tipo : “não imaginei que fosse tão fácil” ou então “me sinto melhor e mais disposto!”. E não sou uma exceção. Há grandes exemplos de atletas de renome que são vegetarianos.
Ser vegetariano mais do que uma questão de saúde, é uma questão de amor e respeito à natureza e aos animais. Convido a todos que ainda não tomaram a decisão em prol do vegetarianismo a decidirem por esta dieta saudável, rica, saborosa e nutritiva. E se a questão da falta de “proteína” for um problema, informe-se melhor!
No vídeo, um exemplo da rotina de escalada: